HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
A educação presente é com efeito do mesmo passo,
fase do passado e preparação do futuro.
A história não estuda o
passado pelo passado, por pura erudição. É a história que nos transmite os
valores tradicionais capaz de fundamentar a vida. Pois tem grande valor
educativo desenvolvendo o senso de compreensão e tolerância. As conquistas
técnica pedagógica e os perfis dos maiores educadores, impedem de cair na
estreiteza da especialização e na rotina do profissionalismo obrigando a maior
rapidez no pensar.
A história da educação não
é apenas trabalho estéril, é antes devidamente cultivada, quem dá amplitude,
clareza, elevação cultural sem as quais a educação não passaria de ofício
estreito.
Pois estamos numa situação
que, num certo sentido, se parecem com a situação dos homens das cavernas,
nossos ancestrais primitivos. O homem das cavernas não tinha conhecimento dos
objetos e dos fenômenos que o rodeava. A situação do homem primitivo era de
constante espanto, de interminável surpresa.
A propósito, o mundo vive
em constante mutação. As oportunidades e os desafios se apresentam com tanta
rapidez e surpresa que grande parte das pessoas não está preparada nem tem
experiência para enfrentá-las.
Portanto, para o homem
contemporâneo os valores não estão predefinidos, determinados. Eles vão sendo
descobertos, redirecionados no decorrer da história de cada um e do coletivo.
Teixeira (1969) afirma
que:
O homem é simplesmente um animal em que a obra de
ajustamento ao seu meio, longe de se fazer por processos fixos e estáticos,
pode assumir as formas mais diversas. Todos os demais animais se ajustam ao
meio com uma considerável rapidez [...] o homem, dotado em grau mais alto de
poder de observar, recordar o passado e prever, assim, por analogia, as
conseqüências do seu ato – cria e recria o ambiente (TEIXEIRA, 1963, p. 78).
Tematizar as questões referentes aos Direitos
Humanos e a Cidadania no contexto da Formação do Educador, com a preocupação de
olhar para o trabalho desenvolvido no ambiente escolar, na direção da qualidade
do ensino, tem se constituído em uma das necessidades e exigências das
sociedades contemporâneas, devido a complexidade em que as mesmas estão
envolvidas.
Sabemos que os velhos
conceitos e paradigmas até então utilizados não tem sido suficientes para
responder as questões que tem permeado e inquietado essas sociedades, entre
outras, a problemática da baixa qualidade dos sistemas educacionais de ensino
por não terem conseguido adequar um padrão satisfatório que associe qualidade
com quantidade. Além disso, outras variáveis emergiram no cenário escolar,
especialmente nas últimas décadas como o aumento da violência, a deterioração
econômica e das relações familiares dos alunos, decorrentes essencialmente, da
inexistência de políticas sociais mais conseqüentes.
A democratização da
educação ocorreu ao mesmo tempo em que as cidades cresceram e ampliou a
violência, o tráfico de drogas, a disputa entre grupos. A escola também
tornou-se, palco de lutas e de conflitos como reflexo da problemática
vivenciada pela sociedade como um todo. E neste cenário, os direitos humanos
são cada vez mais desrespeitados.
Com o início do processo
de abertura política na década de 80, podendo-se destacar vários movimentos da
sociedade civil que realizaram trabalhos e vivenciaram experiências bastantes
significativas desenvolvidas em alguns Estados. Tinham o objetivo trabalhar com
os educadores no processo de caracterização da sua condição de cidadão e dos
seus direitos diante do contexto político em que o país vivia.
No momento atual, ainda
são muito reduzidos os estudos e as pesquisas sobre os diretos humanos e a
cidadania na educação formal e na formação de educados com a preocupação de
olhar a sala de aula.
A idéia de que estamos
ante uma crise de valores permeia o diálogo cotidiano em todos os níveis
sociais e culturais e, se expressa mediante o uso de múltiplas formas lexicais
e semiológicas, refletindo o que os indicadores sociais apontam uma profunda
iniqüidade social.
A insatisfação com a
política educacional da época era muito dependente das teorias importadas
principalmente dos Estados Unidos coisa que não tem mudado muito nos dias
atuais. De outro lado o meomarxismo tem seu espaço com o desenvolvimento dos
estudantes de segundo grau e universitários.
Nesse período, anos 70 e
80, é educação superior é vista como um processo de qualificação do indivíduo
para ocupar posições sociais superiores.
Na hierarquia por mérito,
o liberalismo preconiza eliminar as diferenças entre pessoas decorrentes das
suas condições inatas como origem familiar, meio onde vive e assim por diante.
Nessa condição, a sociedade seria hierarquizada com base no mérito individual.
O objeto do Estado, segundo o liberalismo, é a construção de uma sociedade
aberta, onde não haja barreiras, objetivos á realização das potencialidades
pessoais. Nesta mesma condição, o estado assiste a competição desigual entre
quem pode e quem não pode competir em função de espaços que não foram ocupados
nas gerações anteriores dos menos favorecidos, gerando e mantendo a
desigualdade.
A escola, considerando que
esta é um local privilegiado no contexto atual, onde a prática educativa formal
se desenvolve de forma rigorosa e sistemática.
Não basta enveredar pelos
discursos muito divulgado de que a escola é um aparelho ideológico para a
reprodução e disseminação das idéias das classes dominantes. Não ignora que
fator externo é primordial na teorização da prática educativa desenvolvida na
Escola, desde que não a estandartize dentro do plano causal que tanto denuncia.
Não distante, basta-nos, no momento, pensar a escola como um concreto onde se
dão diferenciadas práticas sociais que interiorizam atitudes, formas de conduta
e aceitação das relações sociais imperante. Este é o palco sobre o qual
professor desenvolve os eu trabalho pedagógico.
A sociedade atual se
desenvolve aceleradamente e de forma diversificada, o que torna a educação
pedagógica, como atividade escolar, um processo cada vez mais complexo. Este
fato faz com que o ato de selecionar e de organizar o saber escolar torna-se,
também, em atividade igualmente complexa.
Na escola brasileira
fortemente influenciada pelo modo de
produção capitalista, encontramos divergência política e pedagógica quando ao
modo de proceder a seleção, organização e desenvolvimento dos conteúdos
curriculares, principalmente quando a escola procura desenvolver o seu trabalho
com base nos problemas concretos da realidade e na especificidade das relações
pedagógicas entre o saber elaborado, o saber cotidiano e as urgências sociais,
Essa dissidência é
ampliada a partir do momento em que se verifica no desenvolvimento do currículo
escolar a insustentável dicotomia entre o conhecimento que é gerado na realidade
experencial do educando, fruto de sua prática social e o conhecimento
relacionado pelo sistema educacional.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA,
S. A. Organização Social e os Processos Formativos In: Universidade
Norte do Paraná. Curso Normal Superior: Módulo 2. 2ª ed. rev. ampl. Londrina:
UNOPAR: CDI, 2004. p. 139.
BAGNO,
Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola.
GOMES,
Alberto Cândido. A educação em perspectiva sociológico 3ª ed. rev. e
ampl. – São paulo: EPU, 1994 (Temas Básicos de Educação e Ensino).
MONTEIRO,
Ainda. Educação para a cidadania: solução ou sonho impossível? – In:
Cidadania Verso e Reverso – Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de
São paulo – SP. 1998.
TEIXEIRA,
A. Revista brasileira de Estudos pedagógicos, Brasília, n.111, 1969. In:
Universidade Norte do Paraná. Curso Normal Superior: Módulo 2. 2ª ed. rev.
ampl. Londrina: UNOPAR: CDI, 2004. p. 139.
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