domingo, 13 de janeiro de 2013

TRANSFORMAÇÕES NA EUROPA



TRANSFORMAÇÕES NA EUROPA

Com as transformações ocorridas na Europa a partir do século XI mudaram para sempre o modo de vida naquele continente. Através do intenso desenvolvimento comercial ocorrido na Europa a partir do século XI e o crescimento da produção agrícola resultaram no aumento populacional e na expansão comercial desse período. Os mercadores italianos, cada vez mais ricos, conseguiram assumir o controle das cidades. De acordo com Proença (1994).
O crescimento do comércio fez com que as cidades se desenvolvessem e gerassem uma sociedade mais dinâmica, ou seja, com relações sociais mais complexas e não rigidamente estabelecidas, como eram outrora as relações entre camponeses pobres e um senhor feudal poderoso. Começava a surgir, então,uma nova classe – a burguesia- que acaba assumindo o poder econômico e político das cidades.(p.75)
Ao mesmo tempo em que as cidades cresciam, os burgueses adquiriam cada vez mais poder econômico e status social..Ao mesmo tempo,instituições tradicionais do feudalismo, como a cavalaria e a Igreja, perdiam sua antiga importância.
Os ideais aristocráticos da cavalaria medieval, baseados na honra e na fidelidade, deram lugar aos valores burgueses que consagravam o lucro e o sucesso individual. Paralelamente, o poder da igreja católica vinha reduzindo com a centralização do poder real.
A preocupação com divina e sobrenatural característica da época medieval, também, perdia força. Ao seu lado, nascia uma visão otimista da vida, centrada nos interesses humanos e terrenos.
O entusiasmo pelos assuntos humanos e terrenos, colocando em segundo plano os termos divinos, demonstrava que uma nova forma de pensar estava surgindo na Europa Ocidental. Essa mudança estava ligada às mesmas transformações que, no período, permitiram o desenvolvimento das cidades e da burguesia. Como afirma Proença (1994). “No século XII tem inicio uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para as cidades e apareça a burguesia urbana” (p.62)
Muitos europeus desse período viam a Idade Média como uma época vazia de realizações na cultura e na arte. Eles acreditavam estar vivendo uma época de grandes inovações e progresso, na qual eles mesmos eram os agentes da transformação. Segundo Proença (1994). “O Renascimento foi um movimento da História muito mais amplo e complexo do que o simples reviver da antiga cultura greco-romana.” ( p.78)
Em outras palavras o Renascimento foi um movimento cultural que começou nas cidades italianas a partir do século XIV. O objetivo dos pensadores e artistas renascentistas foi o de dar continuidade à obra iniciada pelos autores que começou nas cidades italianas a partir do século XIV. O objetivo dos pensadores e artistas renascentistas  foi o de dar continuidade à obra iniciada pelos autores da antiguidade greco-romana.
Afinal nem todos concordam com o uso da palavra Renascimento para descrever as mudanças ocorridas no pensamento medieval.
Para alguns, houve uma mera imitação dos clássicos gregos e romanos. Outros defendem que mesmo na Idade Média, a cultura clássica não foi esquecida. Já um terceiro grupo entende que a cultura greco-romana serviu do século XV. Segundo Proença (1994). “Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica” (p.78)
Os estudiosos e artistas do Renascimento foram financiados pela rica burguesia mercantil urbana, que existia ao norte e no centro da Península Itálica. Para que esse grupo social, o financiamento de atividades intelectuais e artísticas passou a representar uma forma de obter status social. Além disso, essa burguesia percebeu que os objetivos culturais, estéticos e políticos do movimento renascentista valorizavam muitos aspectos do mundo burguês.
Assim. Entre o século XIV e o XVI, algumas cidades italianas viveram um período de intensa criação artística.
As artes plásticas foram às formas de expressão mais características da cultura renascentista. Suas características foram comuns nos diferentes lugares da Europa em que ele se manifestou. Como afirma Proença (1994).
Nas artes, o ideal humanista e a preocupação com o rigor científico podem ser encontrados nas mais diferentes manifestações. Trabalhando ora o espaço, na arquitetura, ora as linhas e cores, na pintura ou ainda os volumes, na escultura, os artistas do Renascimento sempre expressaram os valores da época: a racionalidade e a dignidade do ser humano.(p.78)
Algumas das principais características do Renascimento: Realismo na representação de objetos. Pessoas e paisagens, o que tornava as figuras mais familiares ao observador; Sensação de profundidade nos quadros por meio da profundidade nos quadros por meio do domínio da perspectiva. Esse avanço foi conseguido graças à utilização de formas geométricas e de estudos matemáticos, além de técnicas de pintura como o jogo de luz e sombra; retorno às formas típicas da arquitetura greco-romana, prevalecendo a horizontalidade das edificações, com a utilização de colunas e esculturas e a adaptação de colunas e esculturas e adaptação dos edifícios  às proporções do ser humano.Como afirma Proença(1994). “a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque”(p.79)
É possível identificar três etapas do Renascimento na Península Itálica:
A primeira no século XIV, XIX, pode ser considerada uma transição da cultura medieval para a renascentista. A segunda, no século XV, é vista como a  maturidade do Renascimento e teve como centro a cidade de Florença.A terceira, durante o século XVI, que teve como centro a cidade de Roma.Os papas desse período embelezaram a cidade encomendando novas construções.A mais importante foi a basílica de São Pedro.
O Renascimento alcançou seu auge nesse período, com destaque para Michelângelo, Rafael e Leonardo da Vinci.
Portanto, fica claro que o Renascimento começou na Itália e foi lá que alcançou seu maior esplendor. Nos séculos XIV e XV, o comércio marítimo com os árabes tinha enriquecido as cidades-estados italianas. Nelas moravam os mecenas que eram nobres e burgueses que gostavam de apoiar os sábios e artistas.







 REFERÊNCIAS

   MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá. Editora Moderna. -1.e São                                                Paulo: Moderna, 2006.
PROENÇA. Maria das Graças Vieira. História da Arte. São Paulo, 1994.

  SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. 2,Ed rev.São Paulo: Nova   geração,2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário