TRANSFORMAÇÕES
NA EUROPA
Com as transformações ocorridas na Europa a
partir do século XI mudaram para sempre o modo de vida naquele continente. Através
do intenso desenvolvimento comercial ocorrido na Europa a partir do século XI e
o crescimento da produção agrícola resultaram no aumento populacional e na
expansão comercial desse período. Os mercadores italianos, cada vez mais ricos,
conseguiram assumir o controle das cidades. De acordo com Proença (1994).
O
crescimento do comércio fez com que as cidades se desenvolvessem e gerassem uma
sociedade mais dinâmica, ou seja, com relações sociais mais complexas e não
rigidamente estabelecidas, como eram outrora as relações entre camponeses pobres
e um senhor feudal poderoso. Começava a surgir, então,uma nova classe – a
burguesia- que acaba assumindo o poder econômico e político das cidades.(p.75)
Ao mesmo tempo em que as cidades cresciam, os
burgueses adquiriam cada vez mais poder econômico e status social..Ao mesmo
tempo,instituições tradicionais do feudalismo, como a cavalaria e a Igreja,
perdiam sua antiga importância.
Os ideais aristocráticos da cavalaria
medieval, baseados na honra e na fidelidade, deram lugar aos valores burgueses
que consagravam o lucro e o sucesso individual. Paralelamente, o poder da igreja
católica vinha reduzindo com a centralização do poder real.
A preocupação com divina e sobrenatural
característica da época medieval, também, perdia força. Ao seu lado, nascia uma
visão otimista da vida, centrada nos interesses humanos e terrenos.
O entusiasmo pelos assuntos humanos e
terrenos, colocando em segundo plano os termos divinos, demonstrava que uma
nova forma de pensar estava surgindo na Europa Ocidental. Essa mudança estava
ligada às mesmas transformações que, no período, permitiram o desenvolvimento
das cidades e da burguesia. Como afirma Proença (1994). “No século XII tem
inicio uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida
social se desloque do campo para as cidades e apareça a burguesia urbana” (p.62)
Muitos europeus desse período viam a Idade
Média como uma época vazia de realizações na cultura e na arte. Eles
acreditavam estar vivendo uma época de grandes inovações e progresso, na qual
eles mesmos eram os agentes da transformação. Segundo Proença (1994). “O Renascimento
foi um movimento da História muito mais amplo e complexo do que o simples
reviver da antiga cultura greco-romana.” ( p.78)
Em outras palavras o Renascimento foi um
movimento cultural que começou nas cidades italianas a partir do século XIV. O
objetivo dos pensadores e artistas renascentistas foi o de dar continuidade à
obra iniciada pelos autores que começou nas cidades italianas a partir do
século XIV. O objetivo dos pensadores e artistas renascentistas foi o de dar continuidade à obra iniciada
pelos autores da antiguidade greco-romana.
Afinal nem todos concordam com o uso da
palavra Renascimento para descrever as mudanças ocorridas no pensamento
medieval.
Para
alguns, houve uma mera imitação dos clássicos gregos e romanos. Outros defendem
que mesmo na Idade Média, a cultura clássica não foi esquecida. Já um terceiro
grupo entende que a cultura greco-romana serviu do século XV. Segundo Proença
(1994). “Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no
campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica”
(p.78)
Os estudiosos e artistas do Renascimento
foram financiados pela rica burguesia mercantil urbana, que existia ao norte e
no centro da Península Itálica. Para que esse grupo social, o financiamento de
atividades intelectuais e artísticas passou a representar uma forma de obter
status social. Além disso, essa burguesia percebeu que os objetivos culturais,
estéticos e políticos do movimento renascentista valorizavam muitos aspectos do
mundo burguês.
Assim. Entre o século XIV e o XVI, algumas
cidades italianas viveram um período de intensa criação artística.
As artes plásticas foram às formas de
expressão mais características da cultura renascentista. Suas características
foram comuns nos diferentes lugares da Europa em que ele se manifestou. Como
afirma Proença (1994).
Nas
artes, o ideal humanista e a preocupação com o rigor científico podem ser
encontrados nas mais diferentes manifestações. Trabalhando ora o espaço, na arquitetura,
ora as linhas e cores, na pintura ou ainda os volumes, na escultura, os
artistas do Renascimento sempre expressaram os valores da época: a racionalidade
e a dignidade do ser humano.(p.78)
Algumas das principais características do
Renascimento: Realismo na representação de objetos. Pessoas e paisagens, o que
tornava as figuras mais familiares ao observador; Sensação de profundidade nos
quadros por meio da profundidade nos quadros por meio do domínio da perspectiva.
Esse avanço foi conseguido graças à utilização de formas geométricas e de
estudos matemáticos, além de técnicas de pintura como o jogo de luz e sombra;
retorno às formas típicas da arquitetura greco-romana, prevalecendo a
horizontalidade das edificações, com a utilização de colunas e esculturas e a
adaptação de colunas e esculturas e adaptação dos edifícios às proporções do ser humano.Como afirma
Proença(1994). “a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações
matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei
que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque”(p.79)
É possível identificar três etapas do
Renascimento na Península Itálica:
A
primeira no século XIV, XIX, pode ser considerada uma transição da cultura
medieval para a renascentista. A segunda, no século XV, é vista como a maturidade do Renascimento e teve como centro
a cidade de Florença.A terceira, durante o século XVI, que teve como centro a
cidade de Roma.Os papas desse período embelezaram a cidade encomendando novas
construções.A mais importante foi a basílica de São Pedro.
O Renascimento alcançou seu auge nesse
período, com destaque para Michelângelo, Rafael e Leonardo da Vinci.
Portanto,
fica claro que o Renascimento começou na Itália e foi lá que alcançou seu maior
esplendor. Nos séculos XIV e XV, o comércio marítimo com os árabes tinha
enriquecido as cidades-estados italianas. Nelas moravam os mecenas que eram
nobres e burgueses que gostavam de apoiar os sábios e artistas.
REFERÊNCIAS
MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá. Editora Moderna. -1.e
São Paulo:
Moderna, 2006.
PROENÇA.
Maria das Graças Vieira. História da
Arte. São Paulo, 1994.
SCHMIDT, Mario
Furley. Nova história crítica. 2,Ed
rev.São Paulo: Nova geração,2002.
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